Uma semana depois de ter iniciado as operações terrestres, os militares afirmam que rodearam todo o território controlado pelo Hamas
EFE/EPA/HANNIBAL HANSCHKE
Soldados israelenses a bordo de um veículo militar
O exército de Israel anunciou nesta quinta-feira, 2, que cercou completamente a Cidade de Gaza. Uma semana depois de ter iniciado as operações terrestres na Faixa de Gaza, os militares afirmam que rodearam todo o território controlado pelo Hamas. “Nossos soldados acabaram de cercar a Cidade de Gaza, centro da organização terrorista Hamas”, disse o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari. Mais cedo, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu já havia dito que a batalha estava em seu “ápice”. “Nós estamos no ápice da batalha. Nós tivemos sucesso em atravessar os arredores da Cidade de Gaza. Nós estamos avançando”, comentou o mandatário, em nota. No comunicado, Netanyahu também que não tomou nenhuma decisão sobre permitir o envio de combustível a Gaza. O cerco ao território palestino é motivo de críticas de boa parte da comunidade internacional.
Em meio às declarações das autoridades israelenses, o braço armado do grupo Hamas declarou, também nesta quinta-feira, que Gaza será a “maldição” de Israel. Em mensagem de áudio, Abu Obeida, porta-voz das Brigadas Ezzedin al Qassam, não mostrou estar ameaçado com a investida inimiga e prometeu eliminar os soldados israelenses. “Muitos dos seus soldados vão voltar em sacos pretos”, diz um trecho da gravação. Em quase quatro semanas de confrontos, mais de 10 mil pessoas morreram, sendo a maioria em Gaza. Ao todo, são 8.796 vítimas fatais no enclave, dos quais 3.648 são menores de idade. O número de feridos é de 22.219. No lado israelense, são 1.400 mortos, além das 238 pessoas que estão sendo feitas de reféns pelo Hamas.