Hamas adiou a entrega do segundo grupo de reféns depois de acusar Israel de impedir a entrada de ajuda humanitária.
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A libertação de reféns será retomada depois que Israel e Hamas resolveram impasses e disputas sobre termos foram acertadas, afirmou o Catar neste sábado (25). O Hamas havia adiado a entrega do segundo grupo de reféns nesta manhã depois de acusar Israel de impedir a entrada de ajuda humanitária entre na Faixa de Gaza.
Segundo informações das Forças de Defesa de Israel (FDI), a expectativa era que 13 pessoas, entre mulheres e crianças, fossem soltas nessa segunda leva. O acordo previa também a libertação de 39 prisioneiros palestinos.
“Após um atraso na implementação da libertação de prisioneiros de ambos os lados, os obstáculos foram superados através das comunicações Catar-Egípcio com ambos os lados, e esta noite 39 civis palestinos serão libertados em troca da libertação de 13 detidos israelenses de Gaza, além de 7 estrangeiros fora da estrutura do acordo”, disse o porta-voz do Catar, Majed Al-Ansari.
Ajuda na Faixa de Gaza
O norte de Gaza recebeu até agora menos da metade do número de caminhões de ajuda que deveriam ter passado sob o acordo de trégua com Israel, afirmou o Hamas neste sábado, “colocando assim em risco” o acordo sobre a troca de reféns por prisioneiros.
Falando numa conferência de imprensa em Beirute, o porta-voz do Hamas, Osama Hamdan, disse que o grupo continua comprometido com o acordo se Israel “se comprometer a implementá-lo”.
“O número total de caminhões de ajuda que chegaram (a Gaza) ontem e hoje é de 340 caminhões de ajuda. Apenas 65 caminhões chegaram à parte norte da faixa, o que é menos da metade do que foi acordado”, disse Hamdan.
Hamdan também acusou Israel de “manipular os nomes e critérios de libertação de mulheres e crianças prisioneiras, colocando em risco o acordo”.
O braço militar do Hamas, as Brigadas Al-Qassam, já tinha anunciado que o grupo iria adiar a entrega de reféns no segundo dia da trégua.