Forças policiais enviadas pelos governos federal e estaduais à região de Mossoró ainda não recapturaram os fugitivos, um mês depois
Porto Velho, RO – Ainda sem ter conseguido recapturar os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, há um mês, o Ministério da Justiça e Segurança Pública definiu um critério para desmobilizar as buscas.
A caçada a Deibson Cabral e Rogério da Silva na região de Baraúna, na divisa do Rio Grande do Norte com o Ceará, será interrompida se as equipes ficarem um número considerável de dias, em torno de uma semana, sem rastros deles — caso os cães farejadores, por exemplo, não sintam sinais dos foragidos.
Nesse cenário, a busca ostensiva aos criminosos será desmobilizada pelas equipes policiais e dará lugar a uma estratégia de recaptura deles por meio de investigações e inteligência.
Cerca de 600 policiais, entre os quais 100 homens da Força Nacional, participam da perseguição a Cabral e Silva, os primeiros presos que conseguiram fugir do sistema penitenciário federal, ambos ligados à facção carioca Comando Vermelho.
As equipes vasculham uma área com raio de 15 quilômetros a partir da Penitenciária Federal de Mossoró, sobretudo na zona rural de Baraúna, pequena cidade vizinha. Os dois fugitivos foram vistos pela última vez no dia 3/3, quando invadiram um galpão e agrediram um funcionário do local com um tapa. Eles buscavam comida e celulares.
Cães farejadores de São Paulo e Rio de Janeiro são usados para localizar rastros da dupla. Como mostrou a coluna Na Mira, as fortes chuvas que atingem o território se tornaram um dos principais obstáculos nas buscas. As precipitações contribuíram para que fossem apagados vestígios deixados pelos criminosos, o que dificultou a ação dos cães farejadores.
Fonte: Metropoles