O acordo reforça a confiança no sistema de controle sanitário brasileiro e fortalece as relações comerciais com o país vizinho, potencializando o setor pesqueiro acreano.

A aceitação do Certificado Sanitário Internacional proposto pelo Brasil para exportação de farinhas e gorduras de peixes pela Bolívia, anunciada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), promete abrir novas oportunidades para o agronegócio da região, principalmente para os estados do Acre (AC) e de Rondônia (RO).
O acordo reforça a confiança no sistema de controle sanitário brasileiro e fortalece as relações comerciais com o país vizinho, potencializando o setor pesqueiro acreano.
O Acre e Rondônia, com suas vastas bacias hidrográficas e crescente produção aquícola, pode se destacar como os estados mais beneficiados com a nova abertura de mercado. A proximidade geográfica com a Bolívia facilita a logística de exportação, reduzindo custos e prazos de entrega. Além disso, o AC tem investido na modernização das indústrias de processamento de farinha, o que o coloca em posição estratégica para atender a essa nova demanda internacional.
Para Rondônia, a exportação de subprodutos da pesca representa uma oportunidade de diversificação de renda. “A abertura do mercado boliviano pode impulsionar toda a cadeia produtiva local, desde a pesca artesanal até as indústrias de processamento. É uma chance de agregar valor à produção e gerar mais empregos na região”, avalia Maurício Silveira, especialista em economia agrícola.
Em 2024, as exportações agropecuárias brasileiras para a Bolívia somaram cerca de US$ 399 milhões, com destaque para bebidas, produtos florestais e rações para animais. “A inclusão de farinhas e gorduras de peixes nesse portfólio amplia as possibilidades comerciais e reforça a posição do Brasil como parceiro estratégico no mercado sul-americano”, diz MAPA em nota divulgada em seu site.
O acordo, que marca a 28ª abertura de mercado do agronegócio brasileiro em 2025 e a 328ª desde o início de 2023, é fruto do trabalho conjunto entre o Mapa e o Ministério das Relações Exteriores (MRE). A expectativa é que as primeiras exportações já sejam viabilizadas nos próximos meses.