Ação ocorre em municípios de Ji-Paraná e Espigão D’Oeste e mira madeireiras que comercializavam madeira ilegal.
Nesta quinta-feira (27), a Polícia Federal (PF) deu início à Operação Namím, uma ação que tem como alvo crimes contra o meio ambiente em Terra Indígena e falsidade ideológica. A operação foi deflagrada nos municípios de Ji-Paraná e Espigão D’Oeste, visando reprimir a atuação de madeireiras envolvidas em práticas ilícitas.
As investigações, que tiveram início em outubro de 2022, revelaram um esquema no qual proprietários de madeireiras inseriam informações falsas no sistema DOF (Documento de origem florestal). Além disso, eles realizavam transações de créditos virtuais, ou seja, comercializavam madeira que, na realidade, não existia nos pátios das empresas. A madeira retirada ilegalmente da Terra Indígena era vendida como se fosse de origem lícita.
A Operação Namím contou com a participação de 16 policiais federais, os quais, durante a ação, conseguiram efetuar a prisão em flagrante de uma pessoa por posse de arma de fogo.
Os responsáveis por essas práticas fraudulentas responderão judicialmente pelos crimes de falsidade ideológica, uma vez que inseriram ou fizeram inserir declarações falsas ou divergentes daquelas que deveriam constar nos documentos. As penas para esse tipo de crime podem chegar a cinco anos de prisão.
O nome da operação, “Namím”, provém da língua Kaiapó e significa “mentira”. Essa escolha faz referência direta à forma utilizada pelos empresários para ludibriar as autoridades competentes, com a inserção de informações falsas no sistema DOF, buscando encobrir suas atividades ilegais relacionadas à exploração ilegal de madeira proveniente de Terra Indígena. A Polícia Federal está empenhada em coibir essas práticas prejudiciais ao meio ambiente e ao patrimônio das comunidades indígenas, visando garantir a proteção da natureza e a devida aplicação da lei.