Relatório final deve ser votado na próxima terça-feira, 26; oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca se articular com partidos do Centrão em busca dos votos suficientes para aprovar o relatório
FÁTIMA MEIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Deputados Ricardo Salles (PL) e tenente coronel Zucco (Republicanos), durante a CPI do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), na Câmara dos Deputados
O relator da CPI do MST, deputado Ricardo Salles, fez a leitura do relatório final do colegiado, que sugere o indiciamento de onze pessoas, entre elas o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Gonçalves Dias, e o líder da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL), José Rainha. No entanto, parlamentares da base aliada ao governo fizeram um pedido de vista para adiar a votação do relatório. Com isso, o documento deve ser votado na próxima terça-feira, 26. O parecer reúne uma série de informações dos mais de quatro meses de funcionamento da CPI e também críticas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Salles afirmou que os membros do movimento agem da mesma maneira que organizações criminosas. O relator ainda retirou do rol de indiciados o deputado Valmir Assunção (PT), recuo acordado com lideranças partidárias para ampliar as chances de aprovação do relatório.
A oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca se articular com partidos do Centrão em busca dos votos suficientes para aprovar o relatório. No entanto, parlamentares da base aliada ao governo já avaliam que têm votos suficientes para rejeitar o documento. Frente a isto, o próprio relator não descarta recolocar Assunção na lista de indiciados caso o clima seja favorável à rejeição do relatório. Além de pedir vista, os governistas elaboraram um relatório paralelo e ainda avaliam se vão apresentá-lo.