Eles dizem que querem uma solução para o impasse causado pela transformação da área em unidade de conservação.

Produtores rurais da área conhecida como Soldado da Borracha, que fica entre Porto Velho e Cujubim, procuraram a Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) na última quarta-feira (27), em busca de uma solução para a questão das terras ocupadas por eles e que foram transformadas em reservas ambientais no final do governo Confúcio Moura.
Durante a tarde, o presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia, deputado Alex Redano (Republicanos), se reuniu com os cerca de 50 trabalhadores rurais para conversar sobre a situação. No encontro, ele explicou que a Casa de Leis sempre esteve ao lado dessas famílias que vivem e produzem nesta região. O deputado estadual Pedro Fernandes (PRD) também participou da reunião.
Redano lembrou que o Parlamento estadual, inclusive, criou uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a forma como foram criadas essas reservas, em 2018, por meio de um decreto estadual. O relatório final apontou um conjunto de irregularidades nesse processo, que foram encaminhadas aos órgãos competentes.
O presidente, na ocasião, providenciou que uma das exigências do grupo fosse sanada, que era uma conversa com o governador. Mas como Marcos Rocha (União Brasil) se encontrava fora de Rondônia, foi articulada uma conversa online, entre os manifestantes, Alex Redano e o chefe do Executivo.
Na conversa, Marcos Rocha se comprometeu a atender algumas das reivindicações do grupo de trabalhadores rurais.
O presidente da Associação dos Produtores Rurais Soldado da Borracha, Francisco Andrade, que estava liderando o movimento, afirmou que eles são proprietários da terra e não posseiros. Disse que por terem transformado a área em reserva ambiental, eles ficaram desprovidos de vários direitos.
“Hoje não temos posto de saúde, escolas e nossas crianças tem que andar mais de 160 quilômetros para estudar. Nossas estradas não podem ser arrumadas devido a essa situação. Temos título definitivo e escritura pública, mas virou reserva e não recebemos nenhuma indenização. Hoje sofremos restrições por parte do Estado. São 500 famílias passando por essa situação. Viemos hoje porque precisamos de solução. De promessa já estamos cheios”, declarou.