Durante campanha para as eleições de 2022, atual presidente criticou escolha de Jair Bolsonaro por André Mendonça, ex-ministro da Justiça do seu adversário
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou a indicação do advogado Cristiano Zanin para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Zanin será avaliado pelo Senado e, caso seja aprovado na sabatina, ocupará a cadeira que antes pertencia ao ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou esse ano. Indicado por Lula, Zanin foi o responsável por defender o petista nos processos judiciais envolvendo a Operação Lava Jato, e possui forte relação com o presidente. No entanto, durante a campanha eleitoral de 2022, Lula disse que um presidente “querer ter amigos” no Supremo “não é democrático”. A declaração aconteceu durante debate contra o então presidente, Jair Bolsonaro (PL), na TV Cultura. “Nós já tivemos uma experiência, no tempo da ditadura militar, de mudar a composição da Suprema Corte. O Castelo Branco mudou de 11 para 17, depois ele tirou 5 que ele não gostava e deixou só os que ele queria. Não é prudente e não é democrático um Presidente da República querer ter os ministros da Suprema Corte como amigos. Você não indica um ministro da Suprema Corte para ele votar favorável a você ou te beneficiar, os ministros têm que ter currículo”, disse Lula. Em seguida, o então candidato afirmou que indicar amigos ou partidários é um atraso e reafirmou ser contrário a isso. “Eu estou convencido que tentar mexer na Suprema Corte para colocar amigo, companheiro ou partidário é um atraso. É um retrocesso que a República brasileira já conhece e eu sou contra”, continuou o petista. A sabatina de Zanin ainda não tem data oficial para acontecer.
FONTE: JOVEM PAN