Enquanto a Azul anunciou o fim dos voos para Recife, Salvador, Campinas e o não retorno para Belo Horizonte.
Enquanto a Azul anunciou o fim dos voos para Recife, Salvador, Campinas e o não retorno para Belo Horizonte a partir de Porto Velho, a GOL decidiu cortar, neste mês de julho, os voos diretos da capital de Rondônia para Manaus, no Amazonas. O motivo alegado pelas duas empresas é o mesmo: a alta taxa de judicialização. O estado tem apenas 0,8% da população brasileira, mas gera 10 processos ao dia em média contra a GOL e concentra 20% das ações no país contra a Azul.
Pessoas que estão próximas da operação das companhias em Porto Velho relataram ao AEROIN que um dos motivos da alta taxa de processos, além da falta de infraestrutura do aeroporto, que fecha constantemente por falta de visibilidade, é a celeridade dos tribunais do estado, que são digitalizados, e também uma cultura que se criou na região pelo “boca a boca”, de quem teve sucesso nos processos contra as empresas.
Em nota oficial, que reportou sobre o corte de 50% dos voos da GOL, a empresa destacou o peso da judicialização no estado: “A GOL informa que, na comparação de sua malha aérea de julho/23 x maio/23, reduziu em 48% a oferta de assentos no estado de Rondônia e cancelou os voos de Porto Velho para Manaus. A alta judicialização enfrentada pela Companhia em Rondônia é um fator decisivo para o encolhimento das operações da GOL no estado e, ainda, um desestímulo para a manutenção dos serviços. Neste momento, não há previsão para retomar a oferta em Porto Velho”.