Confira o editorial.
O Produto Interno Bruto Per Capita (PIB per capita) é um dos principais indicadores de desenvolvimento econômico e qualidade de vida de uma região. Em Rondônia, esse indicativo teve uma elevação de 13,6% entre 2020 e 2022, conforme apontado pela pesquisa do Brazil Index, baseada no Censo do IBGE.
Esse crescimento coloca o estado em segundo com o maior aumento no PIB per capita em todo o país, atingindo um valor anual de R$ 32,6 mil. No mesmo período, o PIB per capita nacional teve um incremento de 4,28%, chegando a R$ 37,4 mil. Esses números evidenciam o notável avanço econômico vivenciado por Rondônia e sua ascensão no cenário nacional.
Esse sucesso econômico não é resultado de um único fator, mas sim de uma combinação de elementos que se alinham de maneira positiva. O estado foi reconhecido pelo Tesouro Nacional com a nota máxima nos três indicadores de Capag, demonstrando solidez fiscal com a classificação triplo A.
A conquista dessa posição é um testemunho da gestão econômica responsável e sustentável adotada pela administração do estado. Além disso, Rondônia ostenta a menor taxa de desemprego do país, de acordo com os dados do IBGE, e destaca-se pelo índice elevado de empregabilidade entre os jovens, sinalizando oportunidades significativas para as futuras gerações.
A produção agropecuária desempenha um papel fundamental nesse crescimento econômico exponencial. Rondônia se destaca como um importante polo produtor de grãos, incluindo culturas como soja, milho e café.
Não apenas isso, mas o estado também se firma na produção de proteína animal. O Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) atingiu a impressionante marca de R$ 20,7 bilhões em junho de 2023, conforme relatórios do Ministério da Agricultura e Pecuária. Essa conquista reflete a eficiência e a resiliência do setor agrícola do estado, contribuindo diretamente para esse crescimento econômico.
No entanto, enquanto o crescimento do PIB traz consigo uma série de vantagens e oportunidades, é fundamental lembrar que apenas a expansão da riqueza não é suficiente para garantir o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida para toda a população. A concentração de riqueza nas mãos de poucos pode resultar em desigualdades socioeconômicas crescentes, criando um cenário onde os benefícios do crescimento não são compartilhados de maneira justa.
Portanto, para que o crescimento econômico de Rondônia seja verdadeiramente benéfico, é imprescindível que haja uma distribuição equitativa da riqueza gerada. Políticas que promovam a inclusão social, o acesso à educação de qualidade, a capacitação profissional e a criação de oportunidades igualitárias são cruciais para assegurar que os trabalhadores, que são os motores por trás desse crescimento, também desfrutem dos seus frutos. Um enfoque holístico, que considere tanto o crescimento econômico quanto a justiça social, é a chave para um futuro próspero e sustentável em Rondônia.