Congressista falou a respeito do tema em entrevista ao Oeste sem Filtro
Porto Velho, RO – Na última terça-feira, 04, o senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, falou com a bancada do programa “Oeste sem Filtro”.
Durante as declarações, o congressista, que assumiu posição na CPMI do 8 de Janeiro no lugar de Marcos do Val, do Podemos do Espírito Santo, apresentou suas impressões acerca dos trabalhos.
Ele alega, basicamente, que a CPMI não chegou no dia 08 (de janeiro), porque há forças da posição “barrando” proposituras legítimas, segundo o parlamentar.
“Fazendo convocações apenas para manter a narrativa de atentado contra a democracia ou tentativa de golpe, algo absolutamente fora de contexto”, disse.
Segundo Marcos Rogério, a CPMI do dia 8 de Janeiro tornou-se inevitável devido ao vazamento das imagens que mostram o general Gonçalves Dias junto aos manifestantes dentro do Palácio do Planalto. O objetivo dos parlamentares nessa investigação é apurar as responsabilidades, garantindo que os culpados sejam devidamente enquadrados e responsabilizados pelos crimes cometidos. O senador ressaltou que é fundamental dar voz àqueles que estão detidos, especialmente considerando que muitos deles não deveriam estar presos, sendo necessário distinguir entre os culpados e os inocentes.
Com a coleta de depoimentos de várias pessoas envolvidas, testemunhas, responsáveis e negligentes, a CPMI do dia 8 de Janeiro começa a tomar forma. A revelação de que Gonçalves Dias alterou o primeiro relatório de inteligência enviado a uma comissão do Congresso intensificou a pressão sobre a CPMI. Segundo informações, o general teria removido dos documentos os registros que indicavam o aumento dos riscos de tumultos e invasões na Praça dos Três Poderes.
Presos políticos
Ana Paula Henkel falou sobre pessoas presas sem o devido processo legal, amplo direito de defesa, cidadãos comuns.
“Será que não podem ser ouvidos?”, perguntou.
Para Rogério, é preciso “separar o joio do trigo”. Quem cometeu crime no dia 08 de Janeiro, na visão dele, deve responder pelos atos ilícitos.
“O Homem do Tempo”
Sem citar o nome do profissional, Marcos Rogério disse que apresentou requerimento para ouvi-lo na CPMI.
“É um momento de apagão de garantias que o Brasil está vivendo e tem muita gente com medo de vir a CPI, com medo de falar, outros com medo de denunciar, mas é preciso enfrentar. Por que a vida, né? Política, né? E às vezes jurídica também é pendular. E eu tenho dito isso inclusive pra quem é da base do governo. Né? A relativização que se tem hoje de garantias, de direitos, nesse cenário é algo que daqui a pouco um pouco mais a frente vai acabar sendo também um tropeço pra aqueles que hoje aplaudem né? Algumas medidas que são medidas duras e que são medidas que desafiam a constituição a Constituição Federal então eu acho que ouvir essas pessoas que estão presas tem um jornalista lá do meu estado, do estado de Rondônia, preso né que no dia estava fazendo cobertura aqui em Brasília
Está preso. Né? E no caso dele a própria família me fez um pedido que o convocasse. E eu apresentei o requerimento para tê-lo na CPI também para ser ouvido”, encerrou.
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