Ariel Henry passou o cargo para um conselho de transição. Haiti é assolado por ataques coordenados de gangues.
FONTE Metrópoles
O primeiro-ministro do Haiti, Ariel Henry, não resistiu à pressão e à onda de violência de gangues no país e renunciou ao cargo nessa segunda-feira (11/3).
O anúncio ocorreu depois que líderes regionais se reuniram na Jamaica para discutir a transição política no país da América Central. Henry está em Porto Rico, após ter sofrido ameaça de gangues armadas.
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Ariel anunciou a renúncia em vídeo: “O governo que lidero vai renunciar imediatamente após a instalação de um conselho [de transição]”.
“Quero agradecer ao povo haitiano pela oportunidade que me foi concedida. Peço a todos os haitianos que permaneçam calmos e façam tudo o que puderem para que a paz e a estabilidade voltem o mais rápido possível”, afirmou.
Henry lidera o país desde julho de 2021, após o assassinato do ex-presidente Jovenel Moïse. Ele adiou repetidamente as eleições, alegando que a segurança deveria ser restaurada antes do pleito.
Ataques coordenados
Agências de notícias informam que o Haiti vive uma onda de ataques altamente coordenados de gangues desde o início de março, com grupos armados incendiando delegacias de polícia e libertando prisioneiros.
Estima-se que 80% da capital haitiana seja controlada por gangues que tentam tomar a parte restante do território. Em várias partes do país acontecem protestos de civis marcados por pedidos à liderança para lidar com a crise.
O secretário-geral das Nações Unidas disse estar “profundamente preocupado” com a piora da insegurança na capital do Haiti, Porto Príncipe. António Guterres reiterou que é preciso adotar medidas urgentes, especialmente no fornecimento de apoio financeiro à missão de Apoio à Segurança Multinacional não pertencente às Nações Unidas.