Abu Huzaifa al Ansari, porta-voz do grupo EI, parabenizou os responsáveis pelo ataque na Rússia que deixou mais de 130 mortos.
Uma foto mostra o campo Al-Hol, administrado pelos curdos, que abriga parentes de supostos combatentes do grupo Estado Islâmico (EI) na província de Hasakeh, no nordeste da Síria
Após reivindicar o ataque na Rússia que deixou mais de 130 pessoas mortas, o porta-voz do grupo Estado Islâmico (EI), Abu Huzaifa al Ansari, pediu nesta quinta-feira (28) ataques individuais na Europa e nos Estados Unidos para apoiar os muçulmanos na guerra em Gaza. Ele também parabenizou os responsáveis pelo atentado da última sexta-feira em uma casa de espetáculos na Rússia. Em uma mensagem de voz de 41 minutos transmitida na plataforma Telegram e cuja autenticidade não pôde ser verificada, o porta-voz enviou uma “mensagem de recordação” aos islâmicos. O comunicado desta quinta reiterou uma mensagem divulgada em 4 de janeiro, na qual o líder já tinha pedido ataques aos Estados Unidos, à Europa e ao mundo inteiro, sem “distinção entre ateus, civis ou militares”.
“Agradecemos aos soldados do califado por seus esforços e pedimos a Alá que consigam chegar às terras da Palestina para combater os judeus cara a cara em uma guerra religiosa que acabe com todos eles. Nesse sentido, pedimos aos leões solitários que tenham como alvo os judeus e os cruzados em todos os lugares, especialmente nos Estados Unidos e na Europa”, disse ele na mensagem em árabe divulgada por ocasião do mês sagrado muçulmano do Ramadã e para comemorar dez anos desde o estabelecimento do “califado” autoproclamado no final de junho pelo primeiro líder do grupo terrorista, Abu Bakr al-Baghdadi.
Ansari disse que o que está sendo feito agora aos muçulmanos em Gaza é “o que os irmãos na Síria, Líbia, Iraque, Sinai (Egito) e Iêmen sofreram duas vezes mais há alguns anos”. O líder do EI classificou a guerra em Gaza como uma “ferida dos muçulmanos”, na qual a luta é necessária, “e não apenas temas e palavras de ordem”. “E a luta contra os judeus não se completa sem a luta contra seus aliados: os infiéis e os cruzados em toda parte. Com base nisso, iniciamos a invasão unida lançada para apoiar nossas famílias em Gaza e que representa a fraternidade entre os fiéis”, disse.