Segundo as Forças de Defesa de Israel, 20 mortes oram causadas por’fogo amigo’ e outros acidentes.
John MACDOUGALL / AFP
Conflito entre Israel e o Hamas já dura há pouco mais de dois meses
Desde o início da ofensiva terrestre contra o Hamas na Faixa de Gaza, 105 soldados israelenses perderam a vida, de acordo com informações divulgadas pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) nesta terça-feira, 12. Dentre essas mortes, 20 foram causadas por “fogo amigo” e outros acidentes. Treze oficiais foram vítimas de “identificação equivocada” em ataques aéreos, disparos de tanques e tiros. Além disso, um soldado foi morto por tiros que não eram destinados a ele, enquanto outros dois foram vítimas de disparos acidentais. Dois soldados também morreram em incidentes envolvendo veículos blindados que atropelaram tropas, e outros dois foram atingidos por estilhaços, incluindo os de explosivos detonados pelas forças israelenses. Segundo a IDF, há várias razões para esses acidentes fatais, incluindo o grande número de forças operando em Gaza, problemas de comunicação entre as equipes e soldados cansados que não estão prestando atenção às regulamentações. Atualmente, milhares de forças de infantaria estão em operação em Gaza contra o Hamas. O Exército de Israel afirmou que está constantemente avaliando o combate em curso, incluindo os casos de “fogo amigo”, e busca implementar rapidamente as lições aprendidas.
Além dos 105 combatentes mortos, outros 582 ficaram feridos na operação terrestre, sendo 133 em estado grave, 218 em estado moderado e 231 em estado leve, segundo o IDF. A ofensiva terrestre foi lançada em resposta ao ataque do grupo terrorista em 7 de outubro, quando terroristas invadiram a fronteira sul de Israel, matando cerca de 1,2 mil pessoas, a maioria civis, e sequestrando pelo menos 240 reféns. Em resposta, Israel declarou guerra e lançou uma ofensiva com o objetivo de “extinguir o grupo” e garantir a libertação dos reféns. Os combates, que inicialmente estavam concentrados ao norte de Gaza, agora também se estendem ao sul do enclave. Estima-se que pelo menos 138 reféns ainda estejam em Gaza após a libertação dos 105 civis durante um cessar-fogo de uma semana no final de novembro. O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, alega que mais de 17,5 mil pessoas, a maioria civis e crianças, morreram desde o início da guerra.