Presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, deputado Pedro Lupion, reivindica o posicionamento do governo federal e pede a convocação do ministro da Educação no Congresso.
BRUNO ROCHA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) pediu nesta segunda-feira, 6, a anulação de três questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), aplicado no domingo, 5, por alegar que as perguntas foram mal formuladas, de cunho ideológico e sem critério científico ou acadêmico. Em nota, a bancada da agropecuária exigiu o cancelamento das questões 70, 71 e 89. “A anulação das questões é indiscutível, de acordo com literaturas científicas sobre a atividade agropecuária no Brasil e no mundo, em respeito à academia científica brasileira”, diz o comunicado. O presidente da FPA, o deputado federal Pedro Lupion (PP-PR) manifestou a sua insatisfação com a prova na rede social X (antigo Twitter).“Inaceitável! O que vimos na prova do Enem neste domingo é GRAVÍSSIMO! Aguardo manifestação urgente do governo federal, em especial do ministro da Educação, Camilo Santana, sobre a falta de honestidade intelectual e ativismo ideológico”, disse Lupion. Além do cancelamento das questões, as ações da Frente Parlamentar também incluem requerimentos de convocação do ministro da Educação, Camilo Santana, para audiências na Câmara dos Deputados e Senado Federal e requerimentos de informação ao Ministério da Educação sobre a banca organizadora do Enem 2023, com informações das referências bibliográficas utilizadas para a construção do exame. “É inacreditável o governo federal se utilizar de desinformação em prova aplicada para quase quatro milhões de alunos brasileiros que disputam uma vaga nas universidades do Brasil. (…) Este é o único país do globo em que o seu próprio governo federal propaga desinformação sobre a principal atividade econômica e de produção de riqueza, renda e empregos. A ineficiência do Estado Brasileiro está exposta. A vinculação de crimes à atividade legais no Brasil é um critério de retórica política para encobrir a ausência do Estado no desenvolvimento de políticas públicas eficientes e de combate a ilegalidades. Não permitiremos que a desinformação seja propagada de forma criminosa entre nossa sociedade, como foi feito durante os anos anteriores do governo atual”, diz o comunicado.