As autoridades de Gaza, controladas pelo grupo islamita Hamas, acusaram hoje o exército israelita de ter provocado nove mortos e duas dezenas de feridos num ataque contra um grupo de pessoas que aguardavam ajuda humanitária.
Por Noticia ao Minuto – Portugal
O ataque terá ocorrido num cruzamento da Cidade de Gaza, no norte do território, onde se tinham juntado pessoas para receber ajuda, segundo a agência palestiniana Wafa.
Não houve uma reação imediata de Israel às acusações das autoridades de Gaza.
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Um outro ataque contra uma casa no bairro de Al-Zaytoun, também na Cidade de Gaza, causou sete mortos e vários feridos, noticiou a agência palestiniana.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 72 pessoas foram mortas por bombardeamentos israelitas nas últimas 24 horas, elevando para 31.184 o número de vítimas mortes no enclave em cinco meses de guerra.
Israel declarou guerra ao Hamas depois do ataque do grupo palestiniano em solo israelita em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades.
O Governo do Hamas disse hoje que na zona norte de Gaza há sinais de fome devido “à ausência total de produtos e bens básicos e à enorme escassez de ajuda”, segundo um comunicado citado pela agência espanhola Europa Press.
O Ministério da Saúde de Gaza declarou que “os ataques a grupos de pessoas esfomeadas tornaram-se uma rotina diária”.
“É praticado pela ocupação [Israel] e a comunidade internacional vê-o nos seus ecrãs”, afirmou num comunicado.
O ministério disse que a ajuda que chega por terra ao norte da Faixa de Gaza é muito escassa e não é suficiente para ninguém.
“A fome vai destruir toda a população do norte de Gaza”, alertou.
O Hamas, que controla Gaza desde 2007, é considerado como uma organização terrorista por Israel, Estados Unidos e União Europeia.
Desde 2007, os palestinianos vivem sob dois governos rivais, o do Hamas, em Gaza, e o da Autoridade Palestiniana, que detém partes da Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.
Segundo a ONU, cerca de 700.000 colonos vivem em quase três centenas de colonatos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, em terras reclamadas pela Palestina.